Tipo:
INEXIGÍVEL
Data da
abertura:
05/07/2024
Data da divulgação do
extrato:
05/07/2024
Data da
ratificação:
05/07/2024
Data da divulgação da
ratificação:
05/07/2024
Valor estimado: R$
110.000,00 (cento e dez mil)
Informações do objeto
CONTRATAÇÃO DE APRESENTAÇÃO MUSICAL RELIGIOSA ''EYSHILA NO DIA 14 DE SETEMBRO DE 2024, EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO EVANGÉLICO, COM DURAÇÃO MÍNIMA DE 1:30H, DE ACORDO COM AS DEMANDAS DA SECRETARIA DE CULTURA,TURISMO ESPORTE E JUVENTUDE DO MUNICÍPIO DE CARIRÉ.
Motivo da escolha
Motivo da escolha da origem
A proponente ADORE EVENTOS LTDA foi selecionada através de inexigibilidade eletrônica de licitação, apresentando sua proposta compatível com a realidade dos preços praticados no mercado em se tratando de produto ou serviço similar, tendo inclusive a proponente comprovado de que preenche os requisitos de habilitação e qualificação mínima necessária.Portanto, pode a Administração realizar a contratação sem qualquer afronta à lei de regência dos certames licitatórios.
Justificativa do preço
O art. 72, inciso II, da Lei n' 14.133/21 estatui que o processo de contratação direta deve ser instruído com a estimativa de despesa que deverá ser calculada na forma estabelecida no art. 23 da Lei.
Este último dispositivo estatui que o valor previamente estimado da contratação deverá ser compatível com os valores praticados pelo mercado, considerados os preços constantes de bancos de dados públicos e as quantidades a serem contratadas, observadas a potencial economia de escala e as peculiaridades do local de execução do objeto. Vale destacar que o § 4' do art. 23 da Lei n'14.133/01 especificou que nas contratações diretas por inexigibilidade, quando não for possível estimar o valor do objeto na forma estabelecida nos §§ 1º, 2º e 3º deste
artigo, o contratado deverá comprovar previamente que os preços estão em conformidade com os praticados em contratações semelhantes de objetos de mesma natureza, por meio da apresentação de notas fiscais emitidas para outros contratantes no período de até 1 (um) ano anterior à data da contratação pela Administração, ou por outro meio idôneo.
Acostado aos autos os valores colhidos, foram submetidos ao tratamento por meio da utilização de método destinado à obtenção do preço estimado, o qual, a rigor, orientou a elaboração da proposta e a justificativa do preço para a contratação direta, subsidiando e motivando a decisão administrativa sob os especiais enfoques da razoabilidade e da economicidade, considerando a situação concreta.
Dando atendimento aos dispositivos supra citados, procedeu-se a inexigibilidade de licitação na forma eletrônica, concluindo ao final da sessão pública que a proposta apresentada pelo(a) proponente ADORE EVENTOS LTDA, inscrita no CNPJ/MF Nº 12.377.872/0001-52, com o valor de R$ R$ 110.000,00(cento e dez mil reais), reflete o verdadeiro exercício da discricionariedade
administrativa, mediante uma avaliação adequada da conveniência e da oportunidade da contratação considerando todos os fatores envolvidos, à luz dos objetivos a serem alcançados.
Fundamentação legal
Os contratos da administração pública são regidos pelo princípio da estrita
legalidade. Os requisitos formais para sua concretização são rígidos e o seu
conteúdo se sujeita a limitações.
Para que o contrato administrativo se concretize, há necessidade, em regra,
da realização de licitação, que vem a ser o procedimento pelo qual são realizados
vários atos destinados a verificar a proposta mais vantajosa para a administração.
A licitação é, portanto, o procedimento administrativo, que envolve a
realização de diversos atos administrativos de acordo com as regras previstas na
lei. A Constituição Federal prevê que a licitação é a regra e que é excepcional a
contratação direta (art. 37, inciso XXI):
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e
também ao seguinte: XXI Ressalvados os casos
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública, que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia
do cumprimento das obrigações. (BRASIL, 1988).
Estão sujeitas às normas gerais de licitação e contratação a Administração
Pública, direta e indireta, dentre as quais se incluem as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas do governo e as empresas sob
seu controle, nos termos do art. 22, XXVII, da CF.
Cabe à União legislar sobre o assunto, podendo os Estados, Distrito Federal e
Municípios efetuar normas meramente suplementares.
O legislador constitucional, ao inserir a obrigatoriedade da licitação no texto
constitucional, teve a finalidade de preservar os princípios gerais da administração
pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, previstos
no caput do art. 37, da CF/1988.
Como visto, a obrigatoriedade de realização do procedimento licitatório é
excepcionada pela própria Constituição Federal que estabelece a possibilidade de
ou a necessidade de a contratação pela administração pública ser realizada sem um
procedimento licitatório.
A desnecessidade de licitação, entretanto, não significa que o administrador
poderá contratar qualquer pessoa, por qualquer preço. Em 1º de abril de 2021,
entrou em vigor a nova Lei de Licitações e Contratos (Lei no 14.133) que visa
compilar diplomas normativos esparsos e modernizar as licitações e contratos.A Lei no 14.133/2021, diferentemente da Lei no 8.666/1993, traz um
capítulo específico sobre a contratação direta (capítulo VIII, da Lei no 14.133/2021),
subdividido em três seções, o que demonstra a importância que o legislador
atribuiu ao assunto.
O art. 72 (que compõe a seção I, do capítulo VIII, de mencionada lei) dispõe
acerca das regras do processo de contratação direta, tendo sido mantida a divisão
desta em hipóteses de dispensa e inexigibilidade.
O art. 73 (que compõe a seção I, do Capítulo VIII, da mencionada Lei) prevê
hipóteses de responsabilidade solidária se houver contratação direta de forma
indevida.
O art. 74 (que compõe a seção II do capítulo VIII da referida lei) trata da
inexigibilidade de licitação.
O art. 75 (que compõe a seção II do Capítulo VIII da mencionada Lei) trata da
dispensa de licitação (licitações dispensáveis).
O art. 76 trata das licitações dispensadas (capítulo IX da referida Lei).
Como bem explica José dos Santos Carvalho Filho, [
] na dispensa, a
licitação é materialmente possível, mas em regra inconveniente; a inexigibilidade, é
inviável a própria competição.
A Lei nº 8.666/93, enumerava os casos de inexigibilidade de licitação em
seu artigo 25. No caput de tal dispositivo legal havia a indicação de ser inexigível a
licitação quando houver inviabilidade de competição, sendo enumeradas as
hipóteses.
Houve alterações pontuais nas hipóteses de inexigibilidade, na Lei nº
14.133/2021, sendo inexigível a licitação quando inviável a competição, em
especial nos casos do art. Art. 74, II da Lei Federal 14.133 de 1 de abril de 2021,
assim preconizado:
Consoante dispõe o art. 74 da Lei nº 14.133 /2021, a inexigibilidade de licitação
deriva da inviabilidade de competição, ou seja, são aquelas situações em que não
é possível se escolher a proposta mais vantajosa, pois a estrutura legal do
procedimento licitatório não é adequada para a obtenção do resultado pretendido.
Em resumo, a partir da leitura atenta do art. 74 da nova lei de licitações é
possível afirmar que, via de regra, a inexigibilidade de licitação restará configurada
quando houver:
a) ausência de pluralidade de alternativas;
b) ausência de mercado concorrencial;
c) ausência de objetividade na seleção do objeto;
d) ausência de definição objetiva da prestação a ser executada.